O livro “Vidas todos os Dias”, da autoria de Marcus Garcia Moreira, foi produzido no âmbito do Projecto Integr’Arte. O projecto INTEGR’ARTE foi criado pela CERCIESPINHO – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Espinho, com o intuito de dar a conhecer os serviços, valências e actividades realizadas ao longo de 30 anos por esta instituição, sensibilizando a população para a problemática da deficiência.
Neste sentido, o fotógrafo Marcus Garcia Moreira foi convidado a fotografar os beneficiários daquela instituição, nascendo assim a exposição de fotografia “Vidas todos os dias”, a qual resultou na edição do livro fotográfico com o mesmo nome e na apresentação das obras em vários locais a nível nacional e no Brasil.
Nos últimos meses esta exposição iniciou um novo circuito, produzido pela SETEPÉS. Depois de ter estado patente no Centro Português de Fotografia, no Porto, esteve até ao início deste ano no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro.
Ali teve lugar a apresentação pública desta 2ª edição, bilingue, no dia 3 de Dezembro, Dia Internacional do Cidadão Portador de Deficiência.
A venda deste livro reverterá a favor da CERCIESPINHO, promotora do projecto.
Marcus Garcia Moreira é um fotógrafo, nascido no Rio de Janeiro, cidadão português, formado no Porto na Escola Superior Artística do Porto.
Durante a sua formação realizou trabalhos de criação, produção e organização na área de fotografia, dos quais se podem referir o levantamento fotográfico da Escola de Jazz do Porto, a fundação do Núcleo de Fotografia de Espinho - Infinito Zero, a direcção e produção do trabalho fotográfico para o álbum de estreia dos ADN editado pela EMI – Valentim de Carvalho, e a participação na exposição colectiva “ Sala Bombarda “ com o trabalho “ Lustre “( Aniki Bóbó ) por ocasião da abertura do espaço Artes em Partes.
Em 1998 funda com a artista plástica Carla Moreira e o fotógrafo LimaMil o colectivo Sentidos Grátis com o qual colabora até 2001.
Este colectivo será responsável pela realização anual de um principal evento multidisciplinar com base num manifesto, o qual tem como principais premissas a gratuitidade e a “ocupação” de espaços da cidade, devolvendo-os á participação da vida quotidiana. Após o evento inaugural, o colectivo participa, ainda em 98, no Festival Mundial da Juventude na Costa da Caparica com uma exposição colectiva.
Nos anos de 1999 e 2000 o colectivo recebe durante o Evento 2.0, artistas não só nacionais mas também de países europeus, africanos e sul americanos durante a ocupação do espaço da Rua das Flores – Papelaria Reis – no Porto.
Ainda em 2000 o colectivo realiza varias intervenções em Jardins da Cidade e participa na exposição colectiva dos artistas finalistas da Faculdade de Belas Artes da Universidade Compultense de Madrid, com o trabalho “ Libertações “
Em paralelo a este colectivo está o seu trabalho na direcção, produção e actividade do Núcleo de fotografia Infinito Zero que em 1998 tem a sua primeira exposição na galeria da Livramar em Espinho com o titulo Fotografia Estenopeica. Em 99 este grupo expõe “ Linhas Cruzadas “ e participa na exposição colectiva comemorativa do Centenário do Concelho de Espinho – 100 Fotos – com organização da câmara local.
Organiza conversas com fotógrafos de diversas áreas, convidados para mostrar e falar sobre os seus trabalhos.Ainda em 99, Marcus participa na exposição colectiva “ Sem Fio Condutor “ na Galeria do Labirinto – Porto, e é seleccionado com o portofólio Paisagens Urbanas para a VI Bienal de Vila Franca de Xira e que nesse ano é apresentado na exposição colectiva na Casa das Artes do Porto, relativa ao Prémio Pedro Miguel Frades instituído nesse ano pelo CPF – Centro Português de Fotografia.
Nesse ano é seleccionado para a exposição relativa ao III Concurso Nacional Jovens nas Artes Plásticas – Francisco Wandschneider da ANJE.Ainda em 99 é responsável pela projecção de imagem e iluminação das performances realizadas com o musico Alexandre Garrett no Café da Praça, no Meia Cave, no Jazz Café e nos Maus Hábitos no Porto.
Em 2000 o Nucleo de Fotografia - Infinito Zero - organiza a exposição colectiva Mostra Zero na Galeria do Teatro São Pedro em Espinho, com a participação de fotógrafos convidados.
Nesse mesmo ano recebe o 1º prémio do concurso Arte XXI - Camara Municipal de Espinho.
Em junho de 2001 participa no Evento 3.0 dos Sentidos Grátis com o trabalho Andy War.
Dá inicio á realização para a Sete Pés – produtora cultural e artistica, das suas primeiras enomendas, e nesse ano editam para a Porto 2001 Capital Europeia da Cultura a brochura/livro “ Tradições “ – Eventos da Memória.Em Setembro estabelece uma parceria, que mantém até á presente data, com o fotógrafo António Teixeira, e em conjunto formam uma empresa que desenvolve trabalho fotográfico para vários gabinetes de design e produtoras.
Em 2002 participa com duas peças pertencentes ao trabalho fotográfico “ Atmosféricos – Um Outro Brasil “, na exposição colectiva no Mercado Ferreira Borges - Porto, que assinalou os 20 Anos da ESAP . Edição de Catálogo. Em 2003 o mesmo trabalho está representado na exposição colectiva de Artistas do Porto na Galeria Labora – Vigo.Nesse ano obtém o certificado do curso Produção e Montagem de Exposições - Braga, Museu da Imagem – organizado pela Sete Pés e com as formadoras Luisa Ramos e Isabel Corte-Real.
Em 2004 Marcus recebe a menção honrosa do Prémio Fnac – Novos talentos da Fotografia Portuguesa com o trabalho – MAPA.
Nesse ano é publicado texto e imagens do seu percurso no 2º Caderno das Artes Câmara Municipal de Espinho.
Em 2005 participa no Festival Black & White da Universidade Católica, com o trabalho “ Presença Humana “.Realiza Oficinas de Fotografia Criativa para crianças e jovens na Mediateca do Bairro de Anta – Espinho.È responsável pelo trabalho fotográfico das Agendas – Ciências Em Dia e Artes em Dias, editadas pela Sete Pés.
Em 2006 apresenta pequenos formatos no Espaço 100 + nem - , Porto.É publicado parte do portofólio “ Aparições “ coreografia de Bruno Dizien, nos Cadernos do Rivoli – Culturporto.No inicio desse ano recebe a encomenda da Cerciespinho, por ocasião das comemorações do seu 30º Aniversário, para a produção de um trabalho fotográfico editado em livro e corpo da exposição “ Vidas Todos os Dias “, que é apresentado em Setembro em Espinho.
Em fevereiro de 2007 o trabalho MAPA é apresentado na Galeria do Clube Literário do Porto e em Abril na Galeria Sub-Verso em Espinho.
Ainda sob a encomenda da Sete Pés, Marcus realiza a obra ícone do Evento Almoço na Relva, que teve como proposta de criação uma obra fotográfica que fosse uma reinterpretação da obra de Edouard Manet – Le Dejeuner Sur L´Herbe. Esta fotografia de grande formato esteve presente na exposição colectiva “ Almoço na Relva “ na Casa da Cultura de Paredes em conjunto com as obras ( pintura e video ) de Sónia Carvalho e as fotografias de Virgílio Ferreira – Catálogo editado.
Em Maio Marcus realizou uma palestra sobre o seu trabalho, no Fórum da Fnac do Gaiashoping, inserida no Ciclo Novas Tecnologias.
Nesse mês a exposição Vidas Todos os Dias é apresentada na Casa da Cultura de Paredes.